
Uma recente pesquisa do Ibespe, divulgada pela coluna de Andreza Matais no portal Metrópoles, revela que, em um cenário hipotético de segundo turno entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente sairia vitorioso — por 41,1% a 34,2% dos votos válidos. 
Queda expressiva de Lula
Segundo o levantamento, a vantagem favorável a Bolsonaro cresceu não porque ele tenha avançado significativamente, mas porque Lula perdeu apoio proporcionalmente maior. No mês anterior (setembro), Lula alcançava 40,2% nessa simulação; agora aparece com 34,2%. Já Bolsonaro se manteve praticamente estável. 
Além disso, a parcela dos entrevistados que declarou não votar em nenhum dos dois candidatos subiu de 14% para 18,8%. 
Inelegibilidade como complicador
No entanto, esse cenário, embora estatisticamente apontado pela pesquisa, enfrenta um entrave legal: Bolsonaro está inelegível até pelo menos 2030, em razão de condenações judiciais por abuso de poder político e econômico. 
Em setembro de 2025, o ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes como golpe de Estado, tentativa de dissolução do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.  A Lei da Ficha Limpa torna-o inelegível por oito anos após o cumprimento da pena, o que o deixaria apto a concorrer apenas por volta de 2060, quando já teria mais de 100 anos. 
Segmentos de apoio
A pesquisa também traz recortes por perfil:
• Bolsonaro lidera entre quem se informa pelas redes sociais — 51,2% — contra 45,8% para Lula 
• Entre os que acompanham notícias pela TV, Lula aparece à frente — 46,2% contra 27,9% de Bolsonaro 
• Ele tem vantagem entre homens e jovens ≤ 34 anos, enquanto Lula amplia seu desempenho entre eleitores mais velhos 
• Por escolaridade: Bolsonaro lidera entre quem tem ensino médio; Lula se sobressai entre os menos escolarizados 
• No recorte religioso, evangélicos preferem Bolsonaro; católicos tendem a Lula 
Sobre a pesquisa
O levantamento foi realizado por telefone, com 1.012 entrevistas entre os dias 1º e 4 de outubro de 2025. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.